sábado

A vida é generosa e, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas.


O mundo chegou a um instante limite de empobrecimento ecológico de tal sorte, de tamanha gravidade, que só nos cabe a indignação e a busca pela reversão do quadro. O mundo assiste atônito à carência de uma maior consciência sobre as questões de preservação da natureza e do ecossistema. Ninguém de bom-senso pode adiar essa discussão a menos que queira perder o bonde da história. O momento atual é propício à elaboração de leis que visem dar prioridade às questões relacionadas à preservação da ecologia, do meio-ambiente, com discussões para se criar uma consciência ecológica em cada cidadão.
A cidadania de que tanto se fala é algo bem mais complexo e abrangente que alguém possa imaginar. Passa, sobretudo pela consciência de que, sendo o homem o único ser pensante na terra, cabe a ele o ônus de tornar a vida de todos, homens ou não, respirável em total consonância com a mãe natureza. Cobrar os seus direitos é dever de todo cidadão, mas sem jamais se esquecer dos seus deveres para com a sociedade. Cidadania é mesmo assunto que precisa ser levado às escolas, assim que a criança comece a ter um mínimo de entendimento de vida e do mundo em que vive. Está na educação a raiz da cura de todos os nossos males. Cidadania pressupõe-se uma via de mão dupla, em que cada um respeite o outro e todos passem a respeitar aquilo que temos de mais precioso que é a natureza da qual somos parte integrante. É hora de darmos as mãos e buscarmos nas soluções mais simples a saída para um mundo melhor. Um pequeno exemplo podemos deixar aqui: os grandes lixões que emporcalham e destroem o meio-ambiente, geralmente circunscritos às periferias das grandes cidades, precisam deixar de existir. Cabe ao poder público dar prioridade à instalação de projetos ambientais que implementem a construção de centenas de estações de lixo por esse país afora. É simples. Apenas um exemplo de como se começar.


sexta-feira

Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) começou ontem (22) a usar painéis de orientação de tráfego para divulgar informações sobre o l


A Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) começou ontem (22) a usar painéis de orientação de tráfego para divulgar informações sobre o lixo na cidade. A ideia da Comlurb é divulgar mensagens chamando a atenção para os locais onde há mais resíduos espalhados pelas ruas, mas também parabenizando os moradores das áreas consideradas mais limpas.

O objetivo é atrair o interesse dos cariocas para a necessidade de manter limpos os espaços públicos da cidade, criando uma competição “saudável entre os bairros”, além de deixar a cidade mais limpa até os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, que serão realizados no Rio.

A prefeitura carioca, que tem como meta reduzir a quantidade de lixo nas ruas em 8% a cada ano até 2012, já conta com um sistema que mede a quantidade produzida por cada região da cidade, o chamado lixômetro.

Segundo a Comlurb, o Rio de Janeiro é uma das capitais que geram mais lixo público no país. Anualmente, são recolhidas 1,2 milhão de toneladas das ruas e praias da cidade. Para recolher essa quantidade, gasta-se cerca de R$ 250 milhões por ano.

US$ 50 milhões para o Projeto Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos


Da Agência Ambiente Energia - O Banco Mundial aprovou, neste mês de novembro, empréstimo de US$ 50 milhões para o Projeto Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos e Financiamento de Carbono da Caixa Econômica Federal. Segundo o Bird, o objetivo do financiamento é apoiar a redução da poluição, das emissões de gases do efeito estufa e dos impactos negativos sobre o meio ambiente e a saúde relacionados ao descarte não sustentável de resíduos sólidos. A estimativa do banco é que o Brasil gasta, por ano, US$ 2,2 bilhões na gestão dos resíduos sólidos.

O objetivo do projeto da Caixa Econômica Federal é fechar até seis lixões até 2015, construir aterros sanitários modernos, aumentar em 4.000 toneladas por dia o volume de lixo enviado para aterros sanitários ambientalmente sustentáveis, desenvolver instalações alternativas para o tratamento do lixo e integrar o financiamento de carbono a essas atividades. O projeto também envolve um conjunto de ações sociais vinculadas à gestão dos resíduos.

O projeto permitirá que a Caixa Econômica Federal planeje produtos de empréstimo para investimento no setor de resíduos sólidos, preparação e gestão de projetos de financiamento de carbono e estruturação de operações mistas (empréstimo/financiamento de carbono). Segundo o Bird, estas ações contribuirão para a expansão da capacidade do setor público, especialmente nos municípios e nas instituições financeiras, visando atrair investimentos privados para o tratamento final e a disposição de resíduos sólidos.

O Brasil tem sido um dos países mais proativos no aproveitamento das oportunidades de financiamento de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e ocupa atualmente o terceiro lugar no mundo (depois da China e da Índia) em número de projetos de MDL ativos. A iniciativa da Caixa Econômica Federal servirá de estímulo a novos projetos de carbono do Brasil no setor de gestão de resíduos sólidos, avalia o banco.

“Este projeto chega em um momento crucial, após a sanção da Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos e deverá incentivar os investimentos no setor”, afirmou Paul Procee, gerente do Projeto pelo Banco Mundial. “O projeto contribuirá para o desenvolvimento de estratégias inovadoras e sustentáveis de gestão de resíduos sólidos, redução dos impactos sobre o meio ambiente e melhoria da qualidade de vida dos catadores de lixo que vivem e trabalham em condições nocivas à saúde.”



Região debate criação de usina de energia com lixo

Diminuir gastos da administração pública com o processo de destinação final de resíduos sólidos e proteger o meio ambiente, evitando a emissão de gases estufa na atmosfera e proliferação de doenças.
Esses são alguns dos fatores que motivaram o debate promovido pela Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) com a empresa espanhola Redsol Energy, que apresentou ontem na Câmara de Vereadores uma proposta para implantar na região uma usina de processamento de lixo.
O projeto já é amplamente difundido na Europa e Ásia, e Santa Catarina possui um lixo com qualidade alta para a geração de energia. Com a usina, todos os resíduos urbanos (exceto o hospitalar) seriam transformados em energia limpa, através de uma turbina movida a gás metano, produzido a partir do lixo orgânico.
Segundo o diretor da Redsol Energy, Valmir Roberto Silva, se aprovado o projeto, os custos da implantação da usina, que podem chegar até US$ 100 milhões, serão de inteira responsabilidade da empresa privada. “A prefeitura do local escolhido para abrigar a usina só teria os gastos com o trabalho de coleta. Todo o processo final seria feito por nós, para a venda de energia”, explica Valmir. A Celesc já demonstrou interesse na compra da energia produzida pela usina.
A empresa espanhola enviará uma carta-proposta à Amvali, que irá reunir as prefeituras de Jaraguá do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú, Massaranduba, Guaramirim, Schroeder e Corupá, que devem dar uma resposta à empresa se há interesse em desenvolver um projeto de estudo. Se aprovado, a empresa levará de dois a três meses para apresentar a proposta que vai indicar o melhor local para a instalação da usina.
A política nacional dos resíduos sólidos urbanos prevê o prazo até 2014 para os municípios estabelecerem uma alternativa sustentável ao lixo não reciclável. Hoje, a região encaminha o lixo produzido para os aterros
sanitários de Mafra e Brusque


http://www.amvali.org.br

Aterro de Santo André volta a receber resíduos do município


Depois de seis meses de impasses e incertezas, a Prefeitura de Santo André conseguiu a aprovação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a utilização do terreno de seis mil metros quadrados, localizado no bairro Cidade São Jorge, como aterro sanitário. A liberação foi consolidada mediante a confirmação de manutenção diária do terreno, e o documento que comprova esta exigência será encaminhado ainda hoje para a Cetesb. Segundo a prefeitura, a expectativa é de que o local volte a receber os resíduos já na próxima semana.

De acordo com a administração municipal, a previsão é que sejam depositadas no aterro cerca de 600 toneladas de lixo diariamente, dando à área vida útil de aproximadamente 120 dias. Segundo o prefeito Aidan Ravin, o tempo será suficiente para que a prefeitura consiga a liberação do outro terreno de 40 mil metros quadrados, que tem vida útil de até 14 anos. “A maior parte das exigências para a liberação do outro terreno já foi cumprida”, justificou o chefe do Executivo, ao contabilizar que nestes seis meses foram gastos com o aterro, cerca de R$ 9 milhões, média de R$ 1,5 milhão ao mês, o suficiente para construir seis creches.

A cidade estuda ainda a instalação de usina de tratamento de lixo em conjunto com a cidade de São Paulo, que também pode investir nesta tecnologia.

Obras e investimentos
A previsão é de que o edital da obra saia em fevereiro de 2011 e, de acordo com o superintendente do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa), Ângelo Pavin, devem ser investidos cerca de R$ 100 milhões no projeto.

“Com a instalação da usina a vida útil do aterro pode passar de 15 para 100 anos”, explicou, ao completar que o tratamento de chorume será realizado no próprio aterro, já que a prefeitura adquiriu equipamentos para a realização do trabalho.

Em funcionamento desde 1986, o equipamento recebe aproximadamente 18 mil toneladas de lixo por mês. Em maio do ano passado o aterro sanitário de Santo André teve sua vida útil esgotada. Como saída a prefeitura anunciou a ampliação do terreno em duas áreas, uma de 40 mil metros quadrados e outra de 6 mil metros quadrados, que só teve liberação de funcionamento agora. Dessa forma, nos últimos meses, todo o lixo da produzido e recolhido na cidade estava sendo despejando em três locais: no aterro de Lara, em Mauá; Essencis Soluções Ambientais, em Caieiras; e CDR Pedreira, na Capital.