sexta-feira

Aterro de Santo André volta a receber resíduos do município


Depois de seis meses de impasses e incertezas, a Prefeitura de Santo André conseguiu a aprovação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a utilização do terreno de seis mil metros quadrados, localizado no bairro Cidade São Jorge, como aterro sanitário. A liberação foi consolidada mediante a confirmação de manutenção diária do terreno, e o documento que comprova esta exigência será encaminhado ainda hoje para a Cetesb. Segundo a prefeitura, a expectativa é de que o local volte a receber os resíduos já na próxima semana.

De acordo com a administração municipal, a previsão é que sejam depositadas no aterro cerca de 600 toneladas de lixo diariamente, dando à área vida útil de aproximadamente 120 dias. Segundo o prefeito Aidan Ravin, o tempo será suficiente para que a prefeitura consiga a liberação do outro terreno de 40 mil metros quadrados, que tem vida útil de até 14 anos. “A maior parte das exigências para a liberação do outro terreno já foi cumprida”, justificou o chefe do Executivo, ao contabilizar que nestes seis meses foram gastos com o aterro, cerca de R$ 9 milhões, média de R$ 1,5 milhão ao mês, o suficiente para construir seis creches.

A cidade estuda ainda a instalação de usina de tratamento de lixo em conjunto com a cidade de São Paulo, que também pode investir nesta tecnologia.

Obras e investimentos
A previsão é de que o edital da obra saia em fevereiro de 2011 e, de acordo com o superintendente do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa), Ângelo Pavin, devem ser investidos cerca de R$ 100 milhões no projeto.

“Com a instalação da usina a vida útil do aterro pode passar de 15 para 100 anos”, explicou, ao completar que o tratamento de chorume será realizado no próprio aterro, já que a prefeitura adquiriu equipamentos para a realização do trabalho.

Em funcionamento desde 1986, o equipamento recebe aproximadamente 18 mil toneladas de lixo por mês. Em maio do ano passado o aterro sanitário de Santo André teve sua vida útil esgotada. Como saída a prefeitura anunciou a ampliação do terreno em duas áreas, uma de 40 mil metros quadrados e outra de 6 mil metros quadrados, que só teve liberação de funcionamento agora. Dessa forma, nos últimos meses, todo o lixo da produzido e recolhido na cidade estava sendo despejando em três locais: no aterro de Lara, em Mauá; Essencis Soluções Ambientais, em Caieiras; e CDR Pedreira, na Capital.

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