A Solví Resíduos Públicos, conhecida no mercado por sua marca e empresa mais conhecida, a Vega Engenharia Ambiental, fechou contrato para fazer a limpeza pública de Salvador pelos próximos cinco anos.
Segundo Carlos Alberto Almeida Júnior, diretor da empresa, o contrato tem duração de um ano, renovável por mais quatro, e poderá garantir receita bruta de R$ 480 milhões ao fim do período de cinco anos.
Outras três empresas locais fazem parte do consórcio vencedor, mas a Vega é a dona de maior fatia do negócio. Mensalmente, são quase R$ 8 milhões de faturamento, diz o executivo.
De certa forma, a vitória representa a continuidade da prestação do serviço pelo grupo na cidade.
Almeida Júnior diz que, até a atual licitação, quem prestava o serviço em Salvador era outra empresa da Solví Resíduos Públicos, chamada Revita.
O contrato inclui da coleta de resíduos sólidos urbanos e a varrição até a limpeza das praias e operações especiais, como a coleta de lixo durante o agitado Carnaval na cidade.
Mais aterros
Apesar dos contratos de serviços de limpeza como este serem importantes para a Solví Resíduos Públicos, sua estratégia de crescimento para os próximos dois anos está mais focada no tratamento de resíduos sólidos.
Neste ano, a área deverá representar 32% dos R$ 730 milhões previstos de faturamento.
Em dois anos, a expectativa é ser responsável por 50% de uma receita de R$ 1 bilhão.
Para isso ser possível, a companhia investe forte na construção de aterros sanitários. Tem atualmente quatro em funcionamento, nas cidades de Rio Grande (RS), Santa Maria (RS), Salvador e São Paulo. E prepara outros dezesseis.
Em 2011, deverão entrar em operação unidades em São Leopoldo (RS), Giruá (RS), São Gabriel (RS), Barra Mansa (RJ), além de uma nova na capital paulista e outra em uma cidade da região central do estado (o nome da cidade é mantido em sigilo pela empresa).
No ano seguinte, faz parte do planejamento estratégico da empresa a implantação de outras oito unidades, sendo quatro em Minas Gerais, duas nas regiões Norte e Nordeste do país, uma em Santa Catarina, uma no Paraná, uma no Rio de Janeiro e outra no litoral de São Paulo, onde o problema de falta de aterros sanitários é crítico - o lixo produzido na Baixada Santista sobe a serra de caminhão para ser depositado em lixões de cidades da região metropolitana de São Paulo.
Segundo Almeida Júnior, de modo geral, a escolha das cidades é determinada pelo critério de potencial de tamanho. A companhia se interessa por aglomerações urbanas com mais de 250 mil habitantes, ou municípios menores, mas que sejam o polo de regiões reunindo igual número de habitantes.
Apesar de o grupo Solví ter em Salvador e São Paulo tanto aterros quanto contratos de limpeza urbana, este não é um critério usado para definição do local de construção dos depósitos, afirma Almeida Júnior.
Mais importante para a empresa, diz, são contratos de longo prazo, que garantam o retorno de grandes investimentos, como o fechado recentemente com São Carlos, no interior de São Paulo, por 20 anos, onde serão colocados R$ 18 milhões.
Os aportes anuais previstos na expansão do número de aterros, neste ano e nos próximos dois, são de cerca de R$ 100 milhões, diz o executivo.
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