sexta-feira

Aterro sanitário da empresa Pajoan desbarranca e vira um lixão em Itaquaquecetuba

26/04/2011 |
Itaquaquecetuba é um município brasileiro do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da capital paulista, microrregião de Mogi das Cruzes. Conforme o IBGE a população em 2010 era de 321.854 habitantes e a área é de 81,8 km², o que resulta numa densidade demográfica de 3.935,75 hab/km². O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o Subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18°C, sendo o mês mais frio Julho (Média de 14°C) e o mais quente Fevereiro (Média de 22°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1400 mm.
Lá no município de Itaquaquecetuba, a empresa Empreiteira Pajoan Ltda, com autorização dos órgãos ambientais do estado de São Paulo, instalou em uma área de 1.000.000 m2, um aterro sanitário que recebe resíduos sólidos urbanos de nove cidades.
O empreendimento fica entre os bairros Louzada e Jardim Lucinda. Além de Itaquaquecetuba, o empreendimento da Pajoan recebe lixo de Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim.
Esse aterro sanitário privado vem há muito tempo recebendo multas (total de 83) da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), órgão que fornece as licenças prévia, de instalação e de operação de aterros sanitários. O montante correspondente as multas chega a R$ 3 milhões.
Nessa segunda-feira (25/04), acabou acontecendo o previsível. Parte do maciço do aterro sanitário desbarrancou e o aterro sanitário virou um lixão.
O desmoronamento com cerca de 150 toneladas de lixo interditou a Estrada do Ribeira .
Segundo a Cetesb, o aterro sanitário funcionava com uma licença ambiental precária desde 2009. Há quase dois anos o empreendimento foi interditado, mas a decisão foi suspensa. Representante da Pajoan informou que o aterro sanitário recebeu a autorização para funcionar porque apresenta mensalmente estudos que comprovam a segurança. E agora será que vão continuar afirmando que é seguro?
Uma parte do lixo que desbarrancou foi parar na Estrada José Sgobin, que liga alguns bairros da cidade de Itaquaquecetuba e é uma das vias de acesso até o município de Arujá.
Uma montanha de lixo interditava também a Estrada do Ribeiro na tarde de ontem. As equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal, com o auxílio de quatro escavadeiras, trabalhavam na remoção dos resíduos e na busca de possíveis vítimas.
Existe a hipótese de que o chorume das 450 mil toneladas de lixo espalhadas na Estrada do Ribeira, tenham ido parar no córrego Taboãozinho. Suas águas desembocam no Rio Paraíba, responsável pelo abastecimento da região do Vale do Paraíba.
Técnicos da Cetesb recolheram amostras d’água para avaliar se foram ou não contaminadas.

Dona de aterro quer 3 meses para retirar resíduos em SP

A empresa Pajoan, responsável pelo aterro sanitário de Itaquaquecetuba (SP), apresentou à Justiça um cronograma para a retirada dos resíduos da região, após um deslizamento de lixo no último dia 25. De acordo com o documento, seriam necessários três meses para a execução das obras.
No dia 27, quarta-feira, a Justiça de São Paulo havia determinado que a empresa retirasse os resíduos e o chorume - líquido poluente gerado pelo lixo - em cinco dias. Após esse período, seria aplicada uma multa diária de R$ 200 mil.
Para Horácio Peralta, consultor jurídico e ambiental da Pajoan, realizar a remoção das 100 mil toneladas de lixo no prazo determinado pela Justiça é "humanamente impossível". Os três meses foram estimados levando em conta as medidas de segurança e a quantidade de equipamentos necessários durante a operação. A Justiça ainda não se manifestou em relação à solicitação da empresa.
O aterro sanitário de Itaquaquecetuba foi interditado após uma ruptura causar o deslizamento de resíduos até a via pública, de uma altura de doze metros. O lixo atingiu ainda o córrego Taboãzinho, que desemboca no Rio Paraíba e abastece o Vale do Paraíba. O aterro recebia resíduos de Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim.

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